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Febre: Entenda o que é, principais causas e quando se preocupar

Atualizado: há 6 dias

Mulher deitada no sofá, coberta por um cobertor, segurando lenço de papel e aparentando mal-estar, com medicamentos sobre a mesa à frente.

A febre é um dos sintomas mais comuns em todas as idades e uma das principais razões pelas quais as pessoas procuram atendimento médico. Ela acontece quando a temperatura do corpo aumenta acima do normal, funcionando como um sinal de que algo não está bem. Apesar de causar preocupação, a febre não é uma doença em si, mas sim um alerta do corpo para indicar que ele está reagindo a uma situação interna e na maioria das vezes ela melhora sozinha. Compreender melhor seus valores de referência, suas possíveis causas e a forma correta de agir é fundamental para lidar com esse sintoma de maneira segura.

A nova diretriz da SBP (2025) reforça que mais importante do que o número no termômetro é avaliar o estado clínico da criança ou do adulto, reduzindo a chamada “febrefobia”.


O que é considerado febre?

A temperatura normal do corpo humano varia entre 36°C e 37,2°C. Acima disso, classificamos da seguinte forma:

Ilustração médica mostrando três tipos de termômetros: infravermelho, digital e de mercúrio, usados para medir a febre.
  • 37,3 °C a 37,4 °C: febrícula ou estado febril, geralmente não grave, mas que merece observação;

  • Acima de 37,5 °C

  • = Febre;

    • Medida da temperatura axilar (baixo do braço);

  • 37,8 °C a 38,9 °C: febre moderada, que pode estar associada a infecções comuns;

  • 39 °C ou mais: febre alta, que já requer atenção especial;

  • Acima de 40 °C: febre muito alta ou hipertermia, situação de maior risco, que pode causar complicações sérias.

Dica: meça sempre com termômetro digital na axila. Evite termômetro de mercúrio. Em bebês, a axila é o método preferido em casa. Em serviços de saúde, outros métodos podem ser usados por profissionais treinados.


Por que a febre acontece?

A febre é controlada pelo hipotálamo, uma região do cérebro que regula a temperatura do corpo. Quando o organismo detecta a presença de agentes nocivos, como vírus e bactérias, ele aumenta a temperatura para dificultar a multiplicação desses microrganismos. Esse processo fortalece a ação do sistema imunológico, ajudando o corpo a reagir. Além disso, a febre também pode aparecer em situações não infecciosas, mostrando que ela é um sintoma multifatorial.

Principais causas:

  • Infecções virais (resfriado, gripe, COVID‑19, dengue);

  • Infecções bacterianas (amigdalite, pneumonia, infecção urinária);

  • Inflamações e doenças autoimunes;

  • Calor excessivo/insolação (hipertermia);

  • Medicamentos e outras condições menos comuns.

Observação: a altura da febre, sozinha, não define gravidade. Olhe sempre o conjunto dos sinais e sintomas.

Febre x Hipertermia (são coisas diferentes!)

  • Febre: o termostato do cérebro “sobe” o ponto de ajuste (ex.: por infecção);

  • Hipertermia: o corpo não consegue perder calor (ex.: excesso de roupas, sol/ambiente muito quente, esforço físico intenso). Na hipertermia, a pele tende a ficar quente e suada, e banhos frios/ambiente ventilado ajudam; nos quadros de febre, métodos físicos têm pouco efeito e podem causar desconforto.



A febre sempre é ruim?

Não. Muitas vezes, a febre é um mecanismo de defesa importante e mostra que o corpo está reagindo adequadamente. Em situações simples, como gripes e resfriados, ela pode passar em poucos dias sem complicações. O que realmente exige atenção são os sinais de alarme: febre muito alta, persistente ou acompanhada de sintomas como dificuldade para respirar, convulsões, sonolência excessiva, manchas na pele ou confusão mental.



Cuidados básicos diante da febre

  • Hidrate-se: beba bastante água, soro de hidratação ou sucos para evitar desidratação;

  • Mantenha ambiente arejado: use roupas leves e prefira locais bem ventilados;

  • Repouse: descanse e evite atividades intensas sempre que possível;

  • Use antitérmicos com critério: paracetamol, dipirona ou ibuprofeno podem ser usados quando houver desconforto (dor, mal-estar, irritabilidade, dificuldade para dormir);

  • Não alterne nem associe antitérmicos de rotina: isso aumenta risco de erro e intoxicação;

  • Evite AAS (ácido acetilsalicílico) em crianças;

  • Cuidado com práticas caseiras perigosas: não utilize álcool na pele, não faça banhos gelados (que não “curam” a febre e podem piorar o desconforto). Prefira ambiente fresco e, se desejar, banho morno;


Atenção a sinais de alerta: observe se surgem outros sintomas associados (como dificuldade para respirar, sonolência excessiva, convulsões, manchas na pele, recusa persistente de líquidos), pois podem indicar gravidade e necessidade de atendimento médico imediato.


Quando procurar atendimento médico?

É fundamental buscar avaliação médica se:

  • A febre persistir por mais de 48 horas sem melhora;

  • A temperatura ultrapassar 39°C em adultos ou 38°C em crianças pequenas;

  • A febre vier acompanhada de sintomas como rigidez de nuca, confusão mental, dificuldade respiratória, convulsões ou manchas na pele;

  • O paciente for idoso, bebê ou portador de doenças crônicas, já que nesses casos o risco de complicações é maior.



A febre é um sinal de defesa do organismo. Na maioria das vezes, melhora apenas com hidratação, repouso e uso de antitérmicos em caso de desconforto. Apesar disso, é importante lembrar que a febre não é uma doença, mas sim um sintoma, podendo indicar desde infecções leves até condições mais graves.

Conhecer os valores de referência, entender os principais desencadeadores e saber quando procurar ajuda médica são passos fundamentais para lidar com segurança. A informação correta evita medo desnecessário e ajuda a tomar decisões mais conscientes.


Notou febre persistente ou acompanhada de sintomas de alerta? Não hesite: procure um médico e cuide bem da sua saúde!




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